Há algumas semanas iniciamos uma inquete no nosso blog sobre os motivos pelos quais as pessoas tem dificuldade de se engajarem na prática regular de exercícios físicos. Muito mais do que motivos de cunho pessoal, tais como, desinteresse, falta de motivação ou medo de se machucar, muitas questões sociais podem ser, ao mesmo tempo, inibidoras e estimuladoras da prática de exercícios físicos na população.
Há decadas as pesquisas científicas reiteram os benefícios advindos da prática regular de atividades físicas para a saúde. Contudo, as estatísticas apontam que as pessoas tem se tornado cada vez menos ativas fisicamente. Notadamente, a percepção de barreiras para a prática de atividades físicas é distinta conforme o sexo, a idade, o nível econômico e de escolaridade, mas a falta de tempo, em decorrência do trabalho ou dos estudos, tem sido apontada como o principal motivo para as pessoas não se envolverem na prática de exercícios físicos.
Na nossa enquete os resultados não foram diferentes do que a literatura aponta. A falta de tempo foi o motivo mais votado pelos internautas, como responsável pelo aumento da prevalência de inatividade física no Brasil. Mas é interessante notar que a escassez de espaços públicos - e qualificados - de lazer nas cidades também é um potente restritor da prática de atividades físicas na população. Juntamente com esses motivos, a ineficiência dos sistemas públicos de transporte e a violência urbana, competem sobremaneira com a adoção de um estilo de vida fisicamente ativo. Nesse contexto, considerar que a adesão à prática de exercícios físicos é de responsabilidade exclusiva de cada sujeito parece, no mínimo, leviano.
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